Pesquisa Mineral em Bom Jardim de Goiás
A região de Bom Jardim de Goiás está localizada na porção sudoeste do Estado de Goiás, inserida na borda oeste do Arco Magmático de Arenópolis, parte sul do Arco Magmático de Goiás (PIMENTEL; FUCK, 1992). A região abriga o depósito de Bom Jardim, explorado pela CPRM entre 1972 e 1980 para as substâncias Pb, Zn e Cu.
Entre 2016 e 2017, a CPRM identificou uma reserva mineral em Bom Jardim de Goiás, inicialmente estimada em 4.5 toneladas com 0,44% de cobre. Em 2017, a revisão técnica pela GE21 ajustou a reserva para 4.8 toneladas, com 0,21% de cobre, 122,96 ppm de ouro e 0,025% de cobalto.
No ano de 2021, a Axía Mineração S.A. iniciou pesquisas na região após adquirir áreas disponíveis em leilão, denominadas de “Bloco Bom Jardim de Goiás”. No ano seguinte, venceu a licitação da CPRM para a Jazida de Cobre Bom Jardim de Goiás e agregou a área ao bloco de pesquisa. Em 2023, conduziu uma due diligence na jazida da CPRM e pesquisa nas áreas do Bloco, realizando estudos geológicos, topográficos, geoquímicos, geofísicos (MAG e IP) e sondagem. Neste período, foram realizados 2000 metros de sondagem rotativa cujos resultados estão em fase de conclusão, que poderão vir a aumentar de forma significativa a reserva inferida.
As rochas hospedeiras da mineralização no depósito da CPRM são vulcanoclásticas atribuídas à Formação Córrego da Aldeia do Grupo Bom Jardim de Goiás, de idade interpretada como próxima de 900 Ma. A mineralização ocorre nos metatufos da Formação Córrego da Aldeia do Grupo Bom Jardim de Goiás e está associada a um sistema de vênulas e veios e, subordinadamente, brechas hidrotermais com sulfetação disseminada a maciça.
Estruturalmente, as unidades litológicas estão alinhadas essencialmente na direção NNE, associadas a um conjunto de falhas (zonas de cisalhamento) sinistrais de direção E-W/NW-SE interrompidas pelo lineamento de direção N-S, mostrando forte controle das estruturas regionais.
O minério compreende principalmente pirita e calcopirita e é representado pela paragênese: pirita + calcopirita ± Au (electrum) ± pirrotita ± magnetita ± esfalerita ± ilmenita ± hematita. Embora não haja zona expressiva de sulfetos maciços no depósito As características permitem sugerir que a mineralização ocorre em uma zona rica em vênulas com pirita e calcopirita.
As discussões sobre a tipologia e gênese do depósito ainda estão em aberto, e em áreas adjacentes, foram encontradas anomalias geoquímicas de cobre, coincidindo com anomalias IP nas rochas metabásicas. Ocorre também um intenso hidrotermalismo ao redor do depósito, com maior expressão de silicificação e cloritização, além de albitização, epidotização, entre outras.
O depósito de Cobre Bom Jardim é crucial devido à crescente necessidade de minerais para transição energética. Com reserva definida e viabilidade econômica que trará muitos benefícios para a região.
Além do depósito em Bom Jardim de Goiás, a empresa possui também áreas em diferentes municípios do estado de Goiás, com foco principal na exploração de minerais para transição energética.